Eu amo os estudos foucaultianos, quase exerço um culto à personalidade a Michel Foucault, não faço isso, ou seja, me desligo dessa situação de idolatria, porque entendo muito bem o quanto esse filósofo "detestava" qualquer vestígio de endeusamento semelhante aos mitos construídos pela modernidade. Ele não admitia ser tratado assim, deixava seus estudos em aberto para que outros pensadores dessem continuidade a eles, tendo como base os fatos histórico-culturais daquele futuro momento, por isso os seus questionamentos filosóficos também em relação à autoria. Porém, quanto mais o leio, mais me apaixono. Sou uma recente estudiosa de Foucault, na verdade já o conhecia desde época em que eu ingressei no curso de Direito, em 1984, mas logo saí e só retornei nos anos de 1995 e 1996. Depois desta última data, tive de me afastar completamente da faculdade sem concluir o curso. Já era formada em Letras e segui fazendo a minha pós-graduação. Do ano de 2004 para cá, fiz vários cursos de extensão universitária na UFRGS, na área da Educação e da Filosofia da Diferença, e estou prestes a iniciar o mestrado em Estudos Culturais, por isso tamanha dedicação a todos esses e outros filósofos/estudiosos/pesquisadores/pensadores. Deleuze e Guattari são outros filósofos que me cativaram em função da possibilidade constante e desejante de novos devires, a arte, a linguagem, a vida adquirindo contornos próprios, desatrelados do sistema e de acordo com a verdade (nem sempre conhecida) de cada um, na realidade, um "vir a ser" que quebra paradigmas permanentes e gera utopias saudáveis de vida. Ah! Esqueci de dizer, antes de Foucault, eu me considerava althusseriana até a raiz dos cabelos (naquele momento havia essa possibilidade da linguagem de colocar-se como discípulo do mestre). Guy Debord, sob meu ponto de vista, foi um visionário, foi/é magnífico, falava nos anos cinqüenta como se estivesse vivendo em 2011 (que me desculpe Baudrillard, apesar de ser sua fã também, mas ele chegou primeiro e acertou na mosca). Bauman, adorável, estou estudando com afinco todo o material para o mestrado e ninguém está mais identificada com ele do que eu. Nietzsche, igualmente estou lendo por ser a base de tudo, fenomenal. Gente, por enquanto é só isso. Não escrevi esse post para tentar passar uma imagem de "mulher maravilha", tenho e terei sempre muito a aprender. À medida que a caminhada se fizer descoberta, prometo compartilhar com vocês as alegrias ou as agruras (se existirem) da trajetória. Beijo grande!
Tânia Marques 18 de fevereiro de 2011.
Fonte da imagem: Escultura de Rodin
2 comentários:
Tânia, valeu o dia!... Belo, um recorrido pelas paixões que são noSsos amantes intelectuais... amo eles... Confesso, que nunca havia feito isso; um dia farei... Uma declaração de amor e uma cartografia dos meus encontrosmágicos na leitura e viagens que cada proporciona...
Valente eamorosa, Tânia, continue sempre brilhando, isso nos anima a persistir na caminhada.
Abraços com ternura, Jorge
Ps. partilhamos os mesmos amores...
Jorge Bichuetti, estou entrando de cabeça no Mestrado Na Linha Filosofias da Diferença e Educação. Mudei por pura identificação. Beijos
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