domingo, 8 de abril de 2012

Enkrateia - Estética da existência

"Quando Foucault foi estudar os gregos, ele descobriu esse dois poderes: o político, que vem da polis – a politea; e o oikonomos, que vem do oikos – a economia. Esses dois poderes! Aí o Foucault descobre um terceiro poder, que se chama enkrateia. O que é enkrateia? É uma das coisas mais bonitas que os gregos produziram. Os gregos, eles acham que nós, os homens, somos dotados de paixões muito fortes e essas paixões muito fortes podem comandar as nossas vidas. Por isso, o homem grego, ele deve administrar as suas paixões. Então, o homem grego tem que adquirir um terceiro poder: o poder sobre as suas paixões. Esse poder sobre as suas paixões chama-se enkrateia que é, para os gregos, a estética da existência. Todo aquele que tem o poder sobre as suas paixões torna a sua vida bela. (Vocês entenderam?) Esse fenômeno grego, jamais pode-se dar no Ocidente. Por quê? Porque no Ocidente podemos ter o poder político e o poder econômico. Mas jamais enkrateia. Porque quem organiza a nossa subjetividade é a igreja, a família, a escola, etc. (Entenderam?)"

Claudio Ulpiano
Fonte do texto: 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

diferença e repetição - gilles deleuze - por andresa nix

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sociedade do Espetáculo

Tradução audiovisual do capítulo 01 do livro Sociedade do Espetáculo - Guy Debord - por Cristiane Poveda/Norman Novaes/Laura Queiroz/Camila Oliveira/Luma Ramiro.

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Na Sociedade do Espetáculo, a imagem ensina, aliena, estereotipa. A aparência vale mais do que a essência do ser humano. Vive-se focado no consumismo e nas marcas. O comportamento fica literalmente padronizado, massificado e voltado ao ter... ter um corpo padrão "bonito", "esbelto", à custa do consumo de cosméticos, de remédios e chás de todas as espécies, cirurgias para implantes de silicone ou lipoaspiração, roupas, calçados e acessórios de grifes, mesmo falsificadas (simulacros); ter o carro do ano, ter músculos do tipo "mamãe eu sou forte", puro anabolizante... A imagem que você constrói de você mesmo e repassa aos outros é externa, vazia, fútil, bem ao gosto do sistema capitalista. Este se nutre na Sociedade do Espetáculo, a vida dos outros passa a ser o foco a ser observado, e não faltam aparelhos eletrônicos e digitais para esse registro. Portanto, chore bastante, você não tem mais, ou talvez nunca tivesse tido, liberdade de ir e vir sem estar sendo vigiado (a) pelos panópticos midiáticos. 
Tânia Marques
16/02/2012