Pipas (Cândido Portinari)
Jorge Bichuetti
1 O devir é o vir a ser... Um vir a ser novo, diferente, inusitado... É a fonte e a manifestação da impermanência...
2. Singularizante e rizomático (multiplicidades).... Ele emerge intempestivo, não-causado pelo determinismo; porém, agenciados nos "entres" e "es", nos espaços lisos e na vida infatigável e vitalizante, andarilha, no caminho que se dá entre as experimentações do que pode um corpo e os voos da arte que percute a vida , atualizando o por-vir...
3. O devir é uma atualização revolucionária da realteridade, das virtualidades heterodoxas, da vida de rizoma que não emergiu pela inibição, repressão e castração da identidade e da permanência - vida de repetições...
4. O devir é sempre minoritário... Não é composição, formatação e materialização das forças molares dominantes; é fruto das linhas, fluxos e pulsações minoritárias que numa guerra de guerrilha, imperceptível, emerge como o novo intempestivo.
5. Todos os devires dependem do devir criança... pois este dá o brincar, o outrar-se, o movimento e um universo virulento surreal... Contudo, o devir criança não se sustenta nem mantém sua fecundidade, alijado do devir animal... primitivo, força guerrilheira, impetuosidade e ousadia para as aventuras do novo. E o nosso mundo encontra-se na sua realidade bruta e cruel, fálica, numa encruzilhada onde a utopia e novo não se realização sem o devir mulher, ternura e suavidade...
1 comentários:
Tânia, minha querida, uma pequena correção do meu erro ocular ou digital: é percute a vida... no 2.
Perdão pelo erro e minha alegria de estar no seu blog que é sempre cheio de riqueza e beleza.
Coomo você... abraços com ternura, Jorge
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